segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Setups Reduzidos 1 - Set do Primo Pobre do Hendrix

Desafiando a mim mesmo!


Depois de um bom tempo sem tocarmos juntos, eu e alguns amigos fomos convidados a experimentar um espaço de ensaio, estudo e gravação que nosso querido batera João Calmon construiu em seu simpático apartamento na Tijuca - O UnderBase!
Além do ótimo João Calmon na bateria, também contamos com as brilhantes presenças de Junior Teixeira no baixo e Carlinhos Lamounier no teclado. E ainda usufruímos da calorosa acolhida da família Calmon!
Como de costume aproveito essas jams com amigos e conhecidos para experimentar combinações de equipamentos que ainda não tenha usado ao vivo ou mesmo para gravar.
Como, apesar de fã incondicional, nunca me dispus a fazer algum tipo de cover de Jimmy Hendrix, achei que poderia tentar aproximar algumas sonoridades que o sujeito enfiou em nosso imaginário guitarrístico. para tal contei com o que já tinha comigo e parecia ser mais próximo do que se afirma pelas muitas publicações sobre o que o Seu James usava: 


1 - Um amplificador combo da METEORO MGV-7 (que, apesar de no clip eu afirmar ser Classe A, há controvérsias...rs) com falante de 12" RK (BR). É um amp valvulado no pré e no power, com 7 watts, SE, com um canal limpo e outro sujo com ganhos e volumes independentes, porém com o mesmo TONE STACK. Além de um reverber de molas e looping de efeitos com send/return em dois jaques atrás do amp. O amp já vem com footswitch para comutar os canais e ligar/desligar o reverber. Nesse caso específico nem levei o footswitch, pois deixei o reverber numa medida discretíssima para usar o tempo todo e usei apenas o canal sujo no ponto de começar a distorcer, assim podendo controlar essa "quase crunchada" com o VOLUME da guitarra, que aqui faz os dois papéis conjuntamente: volume geral e timbre. E principalmente com os efeitos ligados, pois o Fuzz Face reage de forma incrível aos controles da guitarra e o Vibe da Dano dá um boost como efeito colateral que eu acabei usando a meu favor!



2 - Uma guitarra VINTAGE V6JMH REISSUED  Olympia White "Filmore" Com um Grand Quarter da Malagoli na ponte, o Wilkinson single original dela no meio e um Fender Custom Shop 69 no braço. Treble Bleed no VOLUME, apenas um TONE, um pushbutton de Killswitch, bloco de sustain de latão feito por Kevin Curley, string tree Fender American Standard e molas Raw Vintage.



Para diminuir o ruído dos singles instalei um sistema de dummy coil comandado pela chave Push-Push integrada ao potenciômetro de TONE. O potenciômetro de VOLUME foi trocado por um CTS Linear, também de 250k e "low friction" que descobri existir e roda sem esforço, facilitando e muito os volume swells... A interação desses potenciômetros lineares com o Treble Bleed me oferecem tudo o que eu desejo de controle, tanto do timbre geral nas relações de ganho entre guitarra, pedais e amplificador, como de volume, mesmo que mais limitadamente.


3 - Pedalboard (MOOER), contendo;
A - Um pedal de WahWah Dunlop CryBaby GCB-95 com algumas mods.
B - Um Fuzz Face (MojoFace) homemade com componentes bem semelhantes aos originais.
C - Um pedal da NIG Octave Fuzz
D - Um Danelectro Cool Cat Vibe
E - Um pedal Analog Delay da MOOER.


Detalhes omitidos: Alimentação -> Fonte 1Spot com exceção do Mojo Face Fuzz e CryBayby Wah que usaram baterias de 9 volts da Danelectro.

Abaixo um clip rápido feito no meio da brincadeira pelo João Calmon:




segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Uma guitarra que grita GRETSCH'ish!

Boas surpresas, uma bela jóia!

1 - CORT "Sunset I"



Essa guitarra me foi apresentada pelo pessoal da Loja de Instrumentos Musicais e Escola de Música BarraMusic daqui do Rio de Janeiro. Eu custei a acreditar no que vi, senti e ouvi! Parecia inclusive com uma guitarra Gretsch modernizada! Ao mesmo tempo que eu já tinha grande respeito pelos produtos da marca CORT, como eu a conhecia por modelos mais próximos da ideia de SuperStrat, eu também tinha uma certa má vontade em relação a ela. Mesmo assim acabei comprando uma CORT do modelo Source, que é a versão da Gibson ES-335 da marca. Com a qualidade muito acima das concorrentes de preço semelhante, já me deixou muito mais crente na marca. O que acabou acontecendo é que houve uma possibilidade de trocá-la por essa Sunset I, mais uma diferença em dinheiro, e eu não resisti.




Se vocês me perguntassem qual cor eu preferiria (pois há duas possibilidades de escolha: preta ou vermelha), eu até hesitaria, mas acho que escolheria a vermelha, que é extremamente vistosa...rs. Mas a que apareceu foi a de cor preta, e eu simplesmente adorei a guitarra. A construção é excelente para a faixa de preço! Vem com um set de captadores (maravilhosos!) TV Jones, um Classic no braço e um Classic Plus na ponte. Aliás a guitarra tem muitas semelhanças com um modelo da própria TV Jones!!! Mais uma alavanca Bigsby B50 (licenciada) complementada por uma ponte com saddles em forma de roldanas. As tarraxas são Grover e funcionam bem! Realmente só o set de captadores TV Jones já tornam o investimento nessa guitarra inigualável! O corpo não é exatamente como o que eu esperaria de uma semi-acústica, mas lembrou uma pouco a PRS SE Custom Semihollow, pois algumas partes são escavadas e o centro é um bloco sólido.


Nessa guitarra eu simplesmente nem pensava em trocar nada, mas num rolo arrumei umas tarraxas com trava e as coloquei nela. Não vi grandes diferenças em termos de manter a afinação, pois isso já era bom com as originais. Coloquei meu capacitorzinho de Treble Bleed e desci um pouco o valor do capacitor de controle de TONE. Além disso só mesmo os knobs e a ponteira do seletor de captadores. A ponteira foi meramente frescura estética, pois comprei muito barata uma outra da GFS da foto ao lado. Já os knobs, eu até gostava bastante do visual dos chicken head originais, mas para mim eles não funcionam tão ergonomicamente do jeito que eu manipulo os controles. Troquei-os por knobs metálicos de Telecaster chineses genéricos.



Um outro detalhe interessante é que a minha guitarra veio com o mecanismo da Bigsby B50 instalado mais afastado da ponte Tune-O-Matic do que qualquer outra Sunset I que eu tenha visto ao vivo ou por foto. O que pareceu criar menos tensão sobre a ponte em si... Ao menos é essa a impressão que tenho ao comparar com a Bigsby B7 instalada na minha Gibson LP Tribute, que é bem próxima da ponte. Não notei diferenças na eficiência e na eficácia do sistema de alavanca entre as duas guitarras...


Estou bastante satisfeito com a guitarra e talvez num futuro próximo ainda experimente nela (ou na Gibson LP Tribute) uma sugestão a mim dada por meu amigo/xará de milhões de anos e guitarrista da ótima banda de Rockabilly (baseada em São Paulo) Spaceballs, Alê Marinho, sobre as pontes COMPTON. Ela é apontada como uma maneira de enriquecer a sonoridade e sustain nesse tipo de guitarra. Ela porém apresenta posição fixa para ajustes de precisão de oitavas e não tem os tais saddles em forma de roldanas. Como a ponte não é lá muito baratinha, vou deixar isso pra mais tarde, até por não entender bem qual dos cinco materiais disponíveis seria o mais interessante para minhas guitarras, ou se devam ou não ter um tone chamber...




Espero fazer um clip com essa guitarra em breve!:) FEITO!!!




TV Jones Guitars Website:  http://www.tvjones.com/