Sola Sound Tone-Bender MK III
No final dos anos oitenta, se não me engano, recebi de presente do meu amigo e de quem sou grande fã,Gustavo Corsi, esse maravilhoso exemplar de ToneBender, velhinho, enferrujado e sem funcionar. Felizmente, depois de passar algum tempo enlouquecido com o que estava ruim, refazer todas as ligações, descobri que havia um capacitor e um potenciômetro totalmente inutilizados. O pot não teve jeito, entrou um Constanta nacional no lugar, já o capacitor eu tinha um outro "tropical fish" pra substituição fetichisticamente correta... E assim fui recompensado e pude usar o famoso MK III, o fuzz de timbre mais "líquido" e arredondado que já experimentei !!!
No final dos anos oitenta, se não me engano, recebi de presente do meu amigo e de quem sou grande fã,Gustavo Corsi, esse maravilhoso exemplar de ToneBender, velhinho, enferrujado e sem funcionar. Felizmente, depois de passar algum tempo enlouquecido com o que estava ruim, refazer todas as ligações, descobri que havia um capacitor e um potenciômetro totalmente inutilizados. O pot não teve jeito, entrou um Constanta nacional no lugar, já o capacitor eu tinha um outro "tropical fish" pra substituição fetichisticamente correta... E assim fui recompensado e pude usar o famoso MK III, o fuzz de timbre mais "líquido" e arredondado que já experimentei !!!
Diferentemente do Big Muff da EHX, o ToneBender MK III tinha um timbre menos potente nos graves, porém tinha uns médios bem mais agradáveis (e definidos!) e de certa forma me lembrava um pouco mais um overdrive quando diminuímos o VOLUME na guitarra. Ele limpa bastante mesmo, de uma maneira "melhor" que o próprio Big Muff, por exemplo, e ao mesmo tempo diferente do Fuzz Face, dando características muito peculiares ao timbre da guitarra. Era tão confortável tocar e tirar sons com esse pedal que num primeiro momento quase abandonei o Grande Muff! Mas, acreditem ou não, eu o achava "pequeno" em termos de corpo de graves no meu antigo Fender DeLuxe Reverb Blackface quando comparado ao Big Muff.
A guitarra era uma Strat Fender CIJ reissue 62, captação "careta" de Alnico 5. O som era como uma voz cantando praticamente. Porém o BM fazia o meu pequenino DeLuxe Reverb soar monstruosamente grande, rosnar mesmo! Ao menos essa era a percepção que eu tinha àquela época...rs. Isso unido ao fato de que nunca substituí a chave de bypass e os outros potenciômetros, que funcionam até hoje no limite do randomicamente aceitável, além do pedal ser alimentado apenas à bateria, acabaram por me fazer usá-lo apenas em gravações e raramente ao vivo. Logo depois ainda consegui meu primeiro ProCo RAT distortion e fiquei maravilhado com o pedal. O pedalboard ficou com o RAT e o Big Muff, ou seja um overdrive/distortion e um fuzz, e isso parecia mais lógico que dois fuzzes... Lógico, hã! como se lógica tivesse alguma coisa a ver com guitarras!!!
No clip abaixo, apesar de ser um vídeo demo do projeto que eu acabara de montar, uma réplica funcional, versão terra negativo, do antigo e raro Baldwin /Burns Buzzaround Fuzz Pedal, dá pra se ter uma ideia de como o MK III canta bonito e limpa de forma incrível com o botão de VOLUME da guitarra, uma Parker P-30 ching-ling com captação Lace Sensor Gold :
Eu antes imaginava sua arquitetura parecida com um Fuzz Face com mais um estágio anterior usando outro transistor. Mas não é isso, é outro tipo de arquitetura e a distorção é conseguida de forma diferente. Sinceramente eu arriscaria dizer que esse é o fuzz que tem o timbre e a relação mais amistosos com qualquer tipo de guitarra e captação que já experimentei. Com amps também!
Eu procurei (e felizmente achei!) um outro clip no Youtube que desse uma ideia diferente da do meu em termos de timbre e com melhores licks pra se ter uma ideia de quão diferente pode soar O MK III, mantendo determinadas características básicas, pois ele aqui aparece bem mais nervoso, porém com a mesma fluidez: